quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Desvaneios de uma baladeira

eu apenas.O amor, por exemplo, não sei porquê se torna cada vez mais raro entre os homens e nem assim me sinto surpreendida.
Talvez isso esteja acontecendo porque eu também não consegui me realizar no campo do romance.
É já fui feliz algumas vezes ao lado de alguém, olhando para traz enxergo uma garota que vive a primeira paixão ao lado de um tímido e inteligente rapaz, alegro-me com esta lembrança, uma vez que, foi um dos momentos que melhor vivi.
O amor entre ele e eu era puro, inocente e sincero. Não existia cobrança, orgulho e nem tão pouco disputas. Cada um tinha orgulho do que era e admirava o que o outro era, não existia a questão do ser.
Logo, percebo que o tempo foi passando e ambos foram se escondendo atrás do orgulho, em virtudes das dores sofridas em outros relacionamentos; também deduzo que o mundo está desse jeito porque as pessoas procuram nas outras o ter, não ficam ao lado das outras pelo o que elas são.
Olho para o mundo lá fora: vejo a violência, conseqüência da busca desenfreada pelo dinheiro; jovens que se sentem tão solitários e por serem fracos buscam um não sei o quê nas drogas; pessoas que esquecem dos valores morais e roubam dos que menos tem para poder ter mais e mais...
Sinto-me também imensamente triste quando me deparo com alguém que sofreu uma decepção e a usa como desculpa para não tentar de novo e ser feliz e prefere viver com a angústia dentro do peito e o intento de matá-la, sai feito um desesperado em busca de um remédio e se entope de futilidades, faz coisas impossíveis para poder se vê longe dos que enxergam dentro dele a sua dor, e querem dá a mão para ajudá-lo, mas nem assim sente vontade de lutar, sente pena de si mesmo. Que triste, cada vez mais fica solitário e sente raiva do mundo como se ele fosse o culpado de sua realidade.

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